Começo esse texto, com uma única certeza, que talvez eu não consiga expor da melhor maneira: EU ESTOU CONFUSA, MUITO CONFUSA!
Acabo de ler o texto (veja aqui)do meu amigo Doug, que está postado no blog da Vineyard. Achei bem legal, e imensamente profundo.
Normalmente, esse é um assunto bem delicado pra mim, e que mexe com as minhas emoções. E não vou negar, rolou uma lágrima enquanto eu lia. Mas o que mais me impressionou, é que nem isso, reacendeu a chama que eu deixei apagar.
Sim, EU deixei apagar. Faz tempo, e quando eu digo tempo, me refiro a semanas e meses, enfim, faz tempo que eu não oro, não falo com Deus, não agradeço no almoço, quando acordo, e em nenhuma hora do meu dia. Pedir é fácil, e isso eu tenho feito, até agora, quando não estou OnFire, tenho pedido pra que Deus acenda o fogo em mim, no maior estilo David Quilan.
Mas uma coisa tem que incomodado bastante: a dúvida.
Tenho certeza de quem Deus é, do que Ele fez por mim e de como Ele me ama. A incerteza vem de mim. Será que isso tudo é pra mim? Será que eu sou digna, será que eu mereço, e a pior de todas as duvidas: Será que eu QUERO?
Estou tranqüila, sei que estou um pouco longe do foco, mas estou acomodada. Acho que essa é a palavra que melhor me define no momento: Comodismo.
Nem sei da onde surgiu a vontade de colocar isso pra fora, e me expor dessa maneira.
De qualquer modo, para que isso seja mudado, só depende de mim.
Deus está lá, Ele sempre está. De braços abertos, me esperando voltar.
O primeiro passo é sempre o mais difícil, e acreditem, eu nem fui tão longe.
Imagino então, como é a CONFUSÃO de quem deixa tudo pra trás mesmo, sem medo, sem culpa e sem remorso.
Sabe, aquela pessoa que você olha e pensa: “Caramba, fulano é a maior benção”.
E passado algum tempo, você descobre que a mesma pessoa, esta saindo, fumando, bebendo, e vai saber mais o que. Que ela não se lembra mais do sacrifício de Jesus, que já não pensa nas outras pessoas, e já se tornou alguém mundano, com o coração e a mente corrompida, pelos comerciais que idealizam a felicidade acima dos valores.
O coração simplesmente endurece. E eu não quero isso pra mim, mas também não estou com vontade de mudar, e de correr atrás do prejuízo. (esse é o primeiro sinal do endurecimento do coração)
“Está bom assim, milhares de pessoas vivem sem uma religião e são felizes!”
Esse pensamento está correndo que nem louco na minha cabeça, como se tivesse gritando: “ei, me escuta, eu tenho razão”
E não vou negar, realmente! Muitas pessoas que eu conheço nunca entraram em uma igreja, e vivem bem, em paz e felizes. Será que é preciso tudo isso, esse circo todo, culto, musica, dizimo, reuniões, orações?
Eu não sei.
Parecem tão completas que Jesus sobra em suas vida. Não tem um lugar específico pra Ele, nem tão pouco, reservado. A vida é uma grande roda gigante, correndo sempre atrás do dinheiro, das mordomias e das futilidades. A busca pela saúde, pela beleza, pelo corpo perfeito. Pelo melhor carro, o ultimo celular e as melhores grifes de roupas. E eu já começo a pensar de outra maneira, quando a coisa chega nesse nível.
Só pra isso que vivemos? Pra fazer parte do sistema, como uma peça em uma máquina. (Quem não entendeu a analogia, recomendo: Tempos Modernos do Chaplin)
Ta claro o meu nível de confusão ? Acho que to conseguindo expor bem melhor do que eu imaginava.
Eu to dividida, em partes, a vida longe da “igreja”, do compromisso cristão e da responsabilidade dos atos, me parece bem tentadora.
Mas, só essa vida não é tudo o que Deus me oferece. Eu já conheço, já experimentei, e não consigo mais viver de outra maneira. Não tem como dizer não pra Deus, a não ser que você nunca tenha tido um encontro verdadeiro com Ele.

E agora, qual o caminho que eu sigo?

(...)
G Flores